O técnico Luíz Felipe Scolari assinou nesta segunda-feira um contrato de 18 meses com o Bunyodkor, do Uzbequistão, mesma equipe em que já atua o pentacampeão Rivaldo. O ex-técnico da seleção brasileira afirmou que foi seduzido pelo projeto grandioso do clube e confessou que pensa em voltar ao país ao final do acordo, uma vez que, ao longo da carreira, já acumulou 13 anos fora do Brasil.
O técnico campeão mundial em 2002 expressou sua intenção em voltar a trabalhar no futebol nacional terminado o contrato com o Bunyodkor. "Eu tenho a grande oportunidade de, quem sabe, voltar em 2010 ou 2011, trabalhar numa equipe brasileira e então já pensar em uma situação de permanência no Brasil", afirmou Felipão, que passou seis anos entre Arábia Saudita e Kwait, outros seis entre Portugal e Inglaterra e um ano no Japão.
Após deixar o Chelsea em fevereiro, técnico assume equipe de Rivaldo no Uzbequistão
O técnico tampouco descarta um retorno ao futebol europeu, afirmando que, como profissional, "trabalho onde me dão a oportunidade de crescer, e onde possa dar um pouco do meu conhecimento, que é o caso do Bunyodkor".
Entre os detalhes do projeto apresentado pelo presidente do clube uzbeque que seduziram Felipão está a inauguração de um estádio para março do ano que vem e sete campos de treinamento. Outro detalhe importante do planejamento é ter no futebol do país outros atletas consagrados. "O objetivo é levar alguns nomes no futuro, com grande projeção, embora o maior nome tenha sido dado a contratação do Rivaldo, onde é considerado um ídolo, como no Brasil", afirmou o treinador, que acredita ter ainda mais quatro ou cinco anos de carreira.
A principal comparação com momento que vive o futebol no Uzbequistão é com o que aconteceu na Arábia Saudita, nos anos 80, quando o técnico Telê Santana trabalhou no país árabe. "É um conjunto, com a idéia principal partindo do clube, da população e dos clubes envolvidos, num futuro melhor também para seleção", explicou o vice-campeão da Eurocopa em 2004, com a seleção de Portugal.
Scolari negou que a questão financeira tenha sido fundamental em sua decisão, embora tenha admitido que esta é uma parte importante do projeto, principalmente no momento de trazer um jogador de renome. "É também uma situação financeira que muitas vezes atrai algum atleta ou técnico para que possa trabalhar num país distante, como no caso o Uzbequistão", disse o ex-comandante do milionário Chelsea, que não informou o valor do contrato com o Bunyodkor.
Do UOL Esporte
Em São Paulo
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