A ponte do Bósforo, que liga os continentes da Ásia e da Europa, em Istambul, só é aberta a pedestres uma vez por ano. É quando se realiza a maratona de Istambul ou Eurasia Marathon, a corrida dos dois continentes. Ao longo de todo o ano, é proibida a passagem de pedestres. Há até guaritas da polícia para garantir que a ordem seja cumprida (se não bastassem as mais elementares razões de segurança). Quando estive lá, fiz um longão do centro até a ponte, para ver se a proibição era cumprida mesmo, e nem consegui chegar á entrada na ponte. Um das razões, me disseram na época os locais, era que a ponte era usada por pessoas desesperadas, que se atiravam lá de cima para acabar com a própria vida. Achei estranho, mas, como não tinha como contestar, deixei prá lá. Pois na mais recente edição da maratona de Istambul, que teve sua 31ª edição realizada no domingo passado, aconteceu. Yasar Olmez, um corredor de 43 anos, chegou à ponte, tirou sua capa de chuva, colou de lado seu guarda-chuva e, sob a vista de milhares de pessoas, saltou para a morte no Bósforo. Seu corpo foi encontrado próximo ao palácio Dolmabahce , na margem europeia do Bósforo. Cerca de 7.000 pessoas participaram do evento, que inclui ainda uma prova de 15 km e uma corrida familiar. Não é uma prova rápida --ou, pelo menos, a elite que lá comparece é do segundo time. Adilo Kasime Roba, da Etiópia, correu a prova em "lerdas" 2h12min14 para fazer jus ao prêmio de US$ 50 mil destinado ao campeão. Ele já havia vencido a prova no ano passado e repetiu a dose. Fonte: Blog do Rodolfo Lucena
Suicídio na ponte do Bósforo entristece maratona de Istambul
Surpresa e desolação
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